quarta-feira, 22 de janeiro de 2020


Como prometi, nesse mês estarei apresentando alguns dos novos colaboradores da nossa Confraria. 
Hoje apresento-lhes a Renata, conhecida de grande parte dos nossos leitores, que estará contribuindo com o nosso conteúdo. 
Não esqueçam de compartilhar, quando gostarem! 


Diversidade e a pluralidade cultural

por Renata da Silva
@prendars_

        Estou beirando a casa dos 30 anos e aprendi, só agora, sobre diversidade cultural.
Ser tradicionalista desde a tenra idade me levou por um caminho maravilhoso, repleto de experiências e conhecimentos que me fizeram desenvolver como ser humano e descobrir muitas aptidões.
        No entanto, esse mesmo caminho me alienou. E, no Rio Grande, isso não é difícil de acontecer, porque adotar a ideologia do “gaúcho raiz” vai te levar, inevitavelmente, para dentro de um galpão de CTG. E, dentro do CTG, para as regras do MTG.
    Isso é ruim? Não. Pelo menos para mim nunca foi. Devo minha maturidade pessoal e vida profissional atual às oportunidades que o Movimento Tradicionalista Gaúcho me proporcionou.
      Além de ter sido prenda de faixa desde a categoria simpatia na entidade, fui também 1ª Prenda da 30ª RT nas três categorias, e ainda 1ª Prenda do Rio Grande do Sul nas categorias mirim e adulta. 
      Hoje, sou Coordenadora de Cultura do município de Campo Bom. E essa função está diretamente ligada ao trabalho executado no parágrafo acima.
      Mas assim como o mundo mudou, eu mudei e o tradicionalismo também tem mudado. E hoje, mais do que nunca, é preciso entender a diversidade e a pluralidade cultural do nosso povo. Essa compreensão, ou talvez a simples busca por ela, garantirão que os Centros de Tradições Gaúchas e os seus frequentadores cumpram com as ambições sociais e cívicas que o movimento sempre carregou, para não dizer as culturais.
       Por isso hoje me coloco a disposição dessa confraria com o intuito único de colaborar com ideias e pensamentos voltados às questões culturais que me fizeram permanecer nesse caminho que conheci aos 5 anos de idade, e o qual sigo defendendo.


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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

VOLTAMOS!

Boa tarde, pessoal!

Nos próximos dias estarei apresentando alguns dos novos colaboradores da nossa Confraria. 
Hoje apresento-lhes a Lívia, que estará contribuindo com o nosso conteúdo. 
Não esqueçam de compartilhar, quando gostarem! 




A teia

por Lívia Monteiro
@llmonteiro

Certa vez, durante um dos meus projetos como prenda, me questionaram sobre o que era cultura, uma pergunta fácil para quem respira tradição não acham? Mas naquela situação, quem falava comigo era uma criança entre seus dez anos de idade. A pergunta que eu buscava resposta era como explicar, de forma rápida e simples, a sua importância, para alguém que certamente levaria a minha explicação como base sobre o que era cultura para o resto da sua vida.
Como estudante de jornalismo, uma das maiores dificuldades em que nos deparamos como comunicador é saber moldar a nossa fala. Por incrível que possa parecer, a tarefa mais difícil que nos deparamos em nosso dia a dia é desconstruir todo vocábulo pomposo, adquirido pelos livros, à simplicidade do outro. Cultura, portanto, explicado para aquela criança, foi uma teia de aranha.
        Cada um de nós tem a sua teia, que nasce como nós, pequena, e ao longo do tempo vai crescendo através de fios que se ligam e se sustentam, formando quem somos. Mas ao longo das nossas trajetórias, em que mudamos a todo momento e transformamos as nossas características em novas características, as nossas teias se misturam com as teias de outras pessoas, formando assim a teia de um povo, com hábitos e costumes e que, ao serem passados de geração em geração, torna-se única.
        Já nesse momento da conversa a explicação sobre o que era uma tradição surgiu de forma natural. A nossa teia, bem como a teia de um povo, precisa de uma proteção, pois se perdermos os fios que se conectaram no decorrer das nossas vidas, como poderemos saber quem realmente somos? Como saberemos da onde viemos e para onde iremos? Pois bem, todos nós precisamos de uma aranha. Para um povo, essa aranha pode ser reconhecida como tradicionalismo. Algo que está sempre em movimento, resgatando fios que se rompem, tecendo novos fios a partir de novas teias que entram nessa mistura de histórias e que se ligam e se desligam a todo tempo. A aranha, nesse caso, é muito mais que uma proteção, é a mãe que não deixa seu filho morrer de fome.
          Eu, que ainda não me apresentei, trago essa analogia que vivi sobre a aranha e sua teia, por que acredito que assim como a criança que me questionou, crianças já crescidas ainda não tiveram alguém que explicasse de forma simples, até mesmo boba, o que era cultura.
         Cultura é o que nos define e nos liga. Uma nação que não tem cultura, não possui identidade. E isso implica em diversos processos para o desenvolvimento de um povo, país, ou seja lá o que a definição dessa teia possa ser. Mexe com a formação social, dividida entre a educação, as ciências, as filosofias, as artes e o civismo de uma localidade. Cultura é a forma mais pura de cidadania e devemos entender isso, de forma rápida e simples, pois nesse momento de caos, nosso povo precisa.
        Antes que eu me esqueça, olá, sou Lívia Monteiro, tenho 20 anos e faço jornalismo, seja ele na faculdade ou em toda vez que respiro e começo hoje a fazer parte da Confraria de Cultura, escrevendo pautas que a vida se encarrega em me dar. Espero que gostem. Um abraço.
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