sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Paixão por Paixão - O que te CHAMA?


         
Everton Soares e Thaís Jacinto
Ando um pouco afastada mas quem é do meio sabe bem, como é setembro!  Eu poderia escrever muito, sobre a história, sobre a simbologia, sobre as personalidades importantes do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Mas, hoje, escolhi falar sobre energia.
         Eu faço parte do Movimento Tradicionalista há 12 anos, sou muito grata por tudo que aprendi e principalmente pelas pessoas que conheci, as histórias que tive a oportunidade de vivenciá-las ou ouví-las. Abri mão de algumas coisas (bastante) no decorrer desses 12 anos e continuarei, por mais 24, 36 ou 48 anos. Setembro, em particular já é nostálgico pra mim e aproveitando essa semana, quero pontuar algumas questões que são motivos essenciais para essa permanência.
            Tive (e tenho) uma base muito forte e o privilégio de aprender e ter meus mentores bem próximos a mim, pessoas exemplares, as quais eu escolhi (criteriosamente e em longo prazo) para compor minha família... família de coração, mas eu falo em coração mesmo. Conheci pessoas que estiveram dedicadas por muitas horas, a um objetivo coletivo, repetidamente - e aí chegamos no ponto que eu queria ressaltar -  por quê? O que  motiva cada passo no tablado? Conheci inúmeras prendas e conheço bem a caminhada dessas meninas, algumas se destacam por bons resultados no momento das provas, outras, pela essência, pela postura, pela conduta, pelo caráter. Se tem algo que reclamo, canso mas AMO fazer é estar perto de vocês. Aos leigos, beleza e simpatia. A nós, que temos ciência do caminho que vocês percorrem, nosso carinho e admiração.

Mariah e Miguel <3
    Nos últimos meses tenho acompanhado muitas prendas e peões, o que me fez permanecer mais perto do que eu gosto e acreditar um pouco mais em valores que os adultos vem deixando de lado. Eles falam em valores e princípios e muitas vezes não percebem o que, de fato, estão ensinando aos pequenos. 
       Mas, surpreendentemente, é com eles que a gente aprende mais, com menos experiência, sem tanta instrução, mas com amor, com essência verdadeira.Chegamos a um ponto, onde o resgate é outro. 
     As pessoas nos perguntam se estamos prontos para a Semana Farroupilha e a gente até responde, sem graça, que sim. Mas na verdade, nós não paramos! E nesse ritmo de janeiro a janeiro, porque nós escolhemos assim!  Setembro passa voando e quando percebemos já acabou. 
       A quem teve interesse e paciência de ler até aqui, eu peço atenção às crianças, aos novos adeptos, para que a nossa cultura, a nossa história e nosso povo não sejam admirados somente na Semana Farroupilha. Como venho enfatizando em minhas últimas postagens, “SEJAMOS CONSTANTES”. O Movimento merece, as crianças merecem, nós, merecemos!

O que te move? O que te CHAMA? Essa geração teve o privilégio de conhecer o legado de Paixão Cortês, ainda em vida. É nossa responsabilidade, agora, transmitir toda essa energia, essa paixão, às próximas gerações!
         


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